A CAPES e a internacionalização da educação brasileira

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) tem como principal objetivo a expansão e consolidação da pós-graduação (mestrado e doutorado) em todos os estados brasileiros. Surgiu no segundo governo de Getúlio Vargas, em 1951, com o intuito de assegurar a existência de profissionais especializados para atender a demanda dos empreendimentos públicos e privados que promovem o desenvolvimento do país.

​Recentemente, em 2007, a CAPES ganhou competência para atuar na formação de professores da educação básica, ampliando sua rede de alcance através de duas novas diretorias: de Educação Básica Presencial (DEB) e de Educação a Distância (DED). Suas atividades se dividem em: avaliação da pós-graduação stricto sensu; acesso e divulgação da produção científica; investimentos na formação de recursos humanos de alto nível, no país e exterior; promoção da cooperação científica internacional; e indução e fomento da formação inicial e continuada de professores para a educação básica nos formatos presencial e a distância. (1)

Recentemente, em 2007, a CAPES ganhou competência para atuar na formação de professores da educação básica, ampliando sua rede de alcance

Esses projetos têm sido realizados com países como Alemanha, Cuba, Estados Unidos, Japão, Israel e muitos outros, envolvendo mais de 1,3 mil pesquisadores. De acordo com a coordenadora-geral de Programas da Diretoria de Relações Internacionais da CAPES, Andrea Vieira, “O Brasil tem passado por um processo de internacionalização nos últimos anos de forma bem avançada com o envolvimento de todas as instituições de nível superior e seus cursos de pós-graduação”

Ao longo desses 41 anos de atuação já foram mais de 450 projetos de pesquisa desenvolvidos em parceria com diversos países.

O processo de internacionalização das instituições de ensino superior se tornou um objetivo central para a CAPES, que tem desenvolvido projetos distintos que proporcionam tanto a mobilidade de alunos e professores entre os países quanto o desenvolvimento da ciência e da pesquisa. Para isso, criou-se o Programa Institucional de Internacionalização (CAPES-Print), com o intuito de fomentar e consolidar os planos estratégicos das instituições, promovendo redes de pesquisas internacionais e apoiando suas ações vinculadas à produção acadêmica. Dentre os diversos itens financiados pelo CAPES-Print, estão os recursos para Manutenção de Projetos e as Bolsas no Exterior.

O processo de internacionalização das instituições de ensino superior se tornou um objetivo central para a CAPES.

Recentemente, entretanto, a CAPES sofreu alguns desmantelamentos que dificultaram a promoção do avanço científico e tecnológico em prol do desenvolvimento do país. O governo federal anunciou um bloqueio de quase 3 mil bolsas de pós-graduação, sendo mais de 300 cursos afetados com esses cortes. O mestrado foi a área mais afetada, sendo mais de 2300 bolsas retiradas. 

Recentemente, entretanto, a CAPES sofreu alguns desmantelamentos que dificultaram a promoção do avanço científico e tecnológico em prol do desenvolvimento do país.

Devido à ampla rede de atuação no ensino brasileiro, a CAPES tem sido essencial para as conquistas alcançadas pelo sistema nacional de pós-graduação. Durante os seus anos de história, a coordenação passou por distintas mudanças e aperfeiçoamentos, conquistando novas atribuições e meios orçamentários ao longo dos anos para qualificar as universidades brasileiras. Em janeiro de 2019, o reitor e professor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Anderson Ribeiro Correia, assumiu o cargo presidente da CAPES.

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O programa de internacionalização também sofreu impactos, tendo o número de vagas diminuídas em quase 2 mil. (3) Além disso, o governo Bolsonaro avalia a utilização do “Sistema S” no pagamento das bolsas de pesquisa4, retirando da CAPES e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a competência de financiadores dos pesquisadores. O Sistema S é composto por instituições vinculadas ao setor empresarial e industrial, como o Sesi e o Sesc. Essa mudança tem preocupado principalmente os integrantes acadêmicos da CAPES, que temem o esvaziamento da agência de pesquisa. (4)

O programa de internacionalização também sofreu impactos, tendo o número de vagas diminuídas em quase 2 mil.

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